Antes de entrar direto no assunto, é importante contextualizar o estado que eu estava ao assistir o show do Digitalism. Para começar, estava morrendo de medo. Explico: o local do show (Chop Suey) tinha conseguido transformar o show do Klaxons num dos piores shows que eu assisti nessa curta, porém frenética, temporada em Seattle. A casa é pequena, não possui um som dos melhores, tem luz demais e, pelo menos no show do Klaxons o show começou antes das nove da noite.
Tentando não perder o início da apresentação – como aconteceu com o Klaxons – cheguei às 20h. E errei de novo! Dessa vez duas bandas prometiam abrir e o Digitalism só entraria mesmo em cena às 23h. O jeito foi esperar no bar enchendo a cara de cerveja. A última banda (The Lone Ranger) não empolgou ninguém e, ao fim, fui pra frente do palco. E eis que surje uma garota maravilhosa ao meu lado fazendo o mesmo que eu e meus amigos… nada. Puxamos um assunto (o encantamento de todas as mulheres pela Björk) e em pouco tempo o show se iniciava.
Portanto vamos ao show, visto à partir do ponto de vista de um sujeito bêbado, em uma casa não favorável e ao lado de uma garota bem acima do patamar das meninas all-star bonitinhas de Seattle.
Os dois moleques alemães (Jence e Isi) subiram no palco composto basicamente por uma mesa de som gigante e uma bateria eletrônica. Entraram, falaram pouco e foram soltando uma música atrás da outra. Mesmo com o som fraco da casa, a platéia correspondeu pulando e cantando (na medida do possível) todas as músicas. Praticamente todas as batidas foram acompanhadas de palmas da galera, coisa rara por aqui, e em pouco tempo o calor dominava o ambiente, deixando o outuno chuvoso e frio de Seattle bem mais distante.
O show teve incessantes 50 minutos. O Digitalism tocou todas as músicas do álbum Idealism e não houve bis. No fim das contas, o duao entrou no palco, fez o básico, agradou a todos e foi embora com a sensação de dever cumprido. Até onde sei, o show que eles fariam no Brasil foi cancelado por motivos de cansaço. Talvez essa seja realmente a impressão final: o ritmo acelerado de shows cansou a dupla e eles estão agora só cumprindo a agenda com feijão e arroz.
Texto, foto e vídeo enviados pelo colaborador de Seattle Rodrigo Hermann
Mas a história está incompleta: catou a mina bonitinha ou não??
banda bowa! só nessa de ficarem pregando que ao lado de simian mob, mstrkrft e justice eles representam o quadrado mágico da electrônica, acho que os caras acabam se afastando um pouco dos fãs mais atentos. pra mim eles ainda tão evoluindo pra tentar chegar em um patamar que as outras 3 (ou pelo menos 2) já estão. esse discurso é meio como querer entrar de bico no fim da festa. num precisa.
Seilá, cara, gosto tanto do duo que prefiro pensar que vc teve a infelicidade de pegá-los em um mau dia.
Esse pessoal pelo visto tinha mesmo era que vir no Brasil pra comer mais feijão com arroz! Quero ouvir o som.
Beijos!
[…] 29. 10. Saiu mais uma historinha de show lá no .::musicness::. Dessa vez é do Digitalism que rolou semana passada no Chop Suey. Se tiver tempo, interesse e/ou paciência passa lá clicando aqui. […]